O dia da mulher vem se aproximando e imediatamente nos faz refletir sobre a trajetória da mulher na sociedade, sobretudo a respeito da sua árdua e majestosa presença no mundo jurídico.
E a luta começou quando o sexo “frágil” fez oposição ao autoritarismo machista de uma sociedade que preconizava que a função feminina se limitava às tarefas de servidão ao marido, à casa e à maternidade.
Nós queríamos mais! Não que as funções exercidas no seio do lar fossem menos importantes, pelo contrário, é que nós mulheres sempre pensamos na igualdade, na liberdade, na autonomia, na independência e na luta pelos mais variados direitos, em prol de um objetivo único e comum à todas: a FELICIDADE.
E foi esse impulso que nos fez adentrar numa dura batalha em busca de direitos iguais e de melhoria das condições as quais éramos subjugadas.
E a mulher, como um lindo botão de rosa aflorou, saiu para vida, começou a conquistar o mercado de trabalho, a trazer o sustento para seu lar, a reivindicar voz na sociedade, a dominar um território que anteriormente era controlado por homens.
A mulher passou a lutar por seus direitos face aos homens, pelos direitos humanos, pelo livre acesso à democracia, pela participação efetiva na política.
E a mulher começou a estudar, a se aperfeiçoar, colocar entusiasmo, carinho e paixão em cada atitude, como a oleira que molda a si própria e a sua própria história.
E a mulher avançou, e avançou, e avançou: adentrou e se destacou nas mais variadas áreas: dominou a medicina, a física e a química, também a administração, o marketing e a economia, outras áreas como a psicologia, a engenharia e a arquitetura, o secretariado, a gastronomia, o jornalismo. Chegou à política, alcançando os mais altos postos de gestão.
Abrilhantou com seu talento as artes nos palcos e teatros, como atriz, cantora, dançarina; trouxe encanto ao mundo da literatura, escreveu romances, contos e fábulas, tanto em verso quanto em prosa, tendo ela mesma figurando como personagem: deixou de ser coadjuvante e passou ao personagem principal.
Falando de personagens, lembremo-nos e exaltemos também as mulheres que arriscaram a própria vida para salvar homens e mulheres indistintamente, como quando do Holocausto e tantas outras tragédias da história: guerra, pobreza, fome, escravidão.
Não esqueçamos daquelas mulheres que ministram o saber: são elas que sujam os dedos de giz para evitar que os cidadãos sujem suas mãos com sangue.
E não existe profissão menos importante, tampouco distinção entre trabalhos manuais ou intelectuais. Desde a mulher agricultora, artesã, manicure ou daquela essencial, que coleta os resíduos que muito produzimos, até a mais alta executiva, gestora ou da bolsa de valores: cada qual faz parte de uma engrenagem social e afetiva que move o mundo.
Exaltemos for fim as mulheres que dominam o mundo jurídico, do qual eu e tantas outras fazemos parte. Somos aquelas que acordamos pela manhã com vontade de vencer, de pelejar pelo quê e por quem acreditamos.
Nós mulheres advogadas nascemos para defender, do caso mais simples ao mais complexo. De salto alto, de tênis, de sapatilha ou até mesmo descalças, nós mulheres advogadas vibramos com cada conquista particular e de nossos clientes; aprendemos a enxergar e examinar os acontecimentos da vida por um outro prisma, a ver que existe algo dentro de nós que faz dar sentido à existência. Atuamos com ética e princípios irrepreensíveis. E por fim, em cada amanhecer, relembramos do nosso propósito comum: advogamos apaixonadamente para melhorar o mundo!
Viva nós, mulheres! Feliz dia da mulher!
Polyana Laís Majeswski Caggiano é advogada trabalhista do escritório Marins Bertoldi Advogados.